A pirataria informática é uma prática cada vez mais enraizada nas sociedades actuais e tem vindo, cada vez mais, a levantar questões em Portugal.

A decadência das indústrias culturais, os direitos de autor e as restantes questões legislativas, são alguns dos temas que, muitas vezes, são trazidos a fórum público sem que isso, no entanto, venha alterar uma prática tão enraizada como o hábito da pirataria.

Se, por um lado, esta questão pode ser relacionada com a percepção social quanto ao tema, por outro pode ser ligada à legislação portuguesa que, segundo Fernando Lima, director da delegação de Braga da Sociedade Portuguesa de Autores, “não está preparada para o digital”.

A verdade, no entanto, é que as indústrias, nomeadamente a indústria musical, têm sido afectadas por estas práticas. Em entrevista, o produtor musical Tozé Brito refere mesmo que “as vendas caíram a pique porque as pessoas começaram a fazer downloads ilegais”.

A opinião relativamente a este tema, no entanto, diverge muito de indivíduo para indivíduo e, mesmo para os artistas do ramo musical, que são directamente afectados pelos actos de pirataria, este não é um tema consensual. Vanessa Silva é um exemplo disso. Tendo uma postura algo diferente no que diz respeito ao tema, afirma que, na sua opinião, este “é um meio de divulgação, seja como for” e que, muitas vezes, são os próprios artistas que põe a música na Internet porque “como isto está agora, nem faz sentido que seja de outra maneira”.

A discórdia em torno desta questão e os problemas que dela advêm, levam-na a ter presença frequente na agenda mediática. Navegue por esta página e saiba mais sobre esta Arte de Roubar.

Ao longo dos anos e com a proliferação dos hábitos da pirataria informática, tem-se vindo a assistir a uma quebra na venda de discos em Portugal. A infografia que se segue, relativa à distribuição de vendas de discos em território nacional, mostra isso mesmo, analisando a notória quebra nas vendas de discos por diversas editoras, entre anos 2008 e 2009.